-Amo-te - fez um pedaço de sorriso, que a boca desenhada a régua do outro engoliu logo de seguida, de tanta inexpressividade - Tu não.
Fechou a caixa, um coração aveludado, encarnado-cliché, cujo toque o deixava em pele de galinha e o fazia morder o lábio. Como se o seu próprio tivesse também ele umas dobradiças e uma mola, e voltasse ao normal com ligeira pressão de dedos. Em vez disso, aberto, rasgado e já um pouco suturado, restos de pano ajuntados à força a cordel, deitava sangue pelos espaços deixados em branco, vagados pela máscara para dormir que lhe escorregava da frente dos olhos.
-Temos bom remédio.
22.5.05
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2 comentários:
Ai que ele inda vai escrever um livro! :) ;) Bjinhos
Ju Judoca
Amar e ser amado é simplesmente...perfeito...sublime...qnd nao acontece,queima e dilacera.
nao sei se é isso q pretendes transmitir mas foi a minha interpretaçao!continua a escrever
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